segunda-feira, 25 de maio de 2015

A cidade do futuro


          Dubai é conhecida mundialmente pela sua arquitetura arrojada e conceitual. É a maior cidade dos Emirados Árabes, com cerca de 1.570.000 habitantes, e está em constante mutação. Dubai é um paraíso da arquitetura contemporânea, abrigando vários estilos em uma única cidade.


          Em menos de 50 anos, a cidade refez sua própria imagem e hoje se assemelha a qualquer outra metrópole do mundo. A paisagem desértica não tinha nenhum atrativo, até receber o auxílio de investidores e se transformar em uma cidade com infraestrutura magistral. A mudança é impressionante! 


          Com a descoberta de petróleo na região, criou-se a superlativa Dubai. Os maiores prédios, os hotéis mais luxuosos, melhores restaurantes e mais ricos moradores, tudo isso se concentra na região, tornando-a ainda mais atrativa. Criada para ser grande e imponente, parece uma miragem, um verdadeiro oásis, aos olhos dos recém-chegados. Rica, majestosa e ostentadora, o destino para quem busca modernidade.

          De pequeno vilarejo de pescadores a metrópole futurista, Dubai é o principal polo turístico dos Emirados Árabes Unidos e tem despertado a atenção dos turistas por sua arquitetura arrojada e luxuosa.  A cidade se transformou com grandiosidade, muita ousadia, pouco tempo, desmesurada pretensão e grande complexidade. 


          Uma das principais obras de Dubai é o Burj Khalifa, projetado pelo arquiteto americano Adrian Smith, sua construção ainda não foi concluída. Quando estiver pronto será o edifício mais alto do mundo, com 828 metros de altura e 160 andares. Seu revestimento proporciona um contraste interessante com a tradicional arquitetura de Dubai ao seu redor. 

Burj Khalifa.

          O Burj Al-Arab também é outro ícone da cidade, sendo o único hotel “sete estrelas do mundo”. O edifício tem cerca de 320 metros de altura, e foi construído sobre uma ilha artificial. Ele foi construído para assemelhar-se com a vela de um dhow, um tipo de barco Árabe. Duas colunas partindo do chão até o topo originaram um “V” formando um imenso “mastro”, enquanto que no espaço entre elas foi erguido os andares. Na parte interna, há fontes dançantes, um enorme aquário e um átrio azul impressionante.

Burj Al-Arab.

          Emirates Towers é um complexo da qual fazem parte a Emirates Office Tower e a Emirates Towers Hotel. As duas torres, de 355 e 309 metros, respectivamente, são a 12ª e a 29ª maiores estruturas do mundo. Elas estão localizadas no complexo chamado "The Boulevard", com mais de 570,000 m² de jardins, com lagoscachoeiras e áreas públicas. Há vagas para até 1.800 carros. Uma curiosidade, é que a relação entre as torres muda de acordo com o ângulo de visão, por conta da perspectiva.

Emirates Tower.

          O local tem ainda enormes shoppings centers, como o The Dubai Mall, considerado uma das construções mais extravagantes da cidade. O espaço conta com mais de 1200 lojas, cerca de 150 restaurantes, o Dubai Aquarium - um dos maiores aquários do planeta - e o Mall of the Emirates, que possui pista de ski indoor, em formato olímpico, coberta por um parque temático. 

The Dubai Mall.

Mall of the Emirates.

          A cidade possui também empreendimentos como a Palm Jumeirah, uma ilha artificial com centenas de quilômetros de orla marítima, que inclui resorts, parques aquáticos e decoração exótica.

Palm Jumeirah.

          Abaixo segue um pequeno vídeo publicado no youtube.com em 2013 mostrando a cidade de Dubai sob vários pontos de vista, durante o dia, o entardecer e a noite. A arquitetura moderna e imponente faz com que a cidade se torne muito atrativa. Então, vamos viajar? 


                   



Formas


          Quando observarmos um conjunto de edifícios que se constitui a arquitetura de um determinado local, tentando entender o fenômeno da forma arquitetônica, abrangendo a produção atual, vamos notar que estes edifícios, além das diferenças acidentais que possuem entre si, apresentam diferenças muito mais profundas, relacionadas com as estruturas elementares de conceitos sob os quais estes edifícios foram concebidos. Assim, essas estruturas são definidas em categorias da forma arquitetônica.

           Abaixo, um breve resumo das principais categorias, baseada nos modos fundamentais ou princípios de relação com fontes externas ou internas de onde o arquiteto extrai a ideia inicial para a configuração do edifício ou conjunto.

·         Forma tipológica:

          A forma tipológica vem dos tipos arquitetônicos. É a mais freqüente, tanto na arquitetura histórica quanto na contemporânea. Se observarmos o quanto os espaços das igrejas tradicionais se parecem: uma nave central, mais alta, e duas laterais, mais baixas; o altar situa-se no cruzamento destas naves com uma outra, o transepto. Elas fazem parte de um tipo arquitetônico, chamado de basílica cristã, desenvolvido na Idade Média, na Europa, a partir da basílica pagã.



As igrejas do Período do Ouro no Brasil formam um dos tipos mais recorrentes da arquitetura barroca no Brasil. 1- Bom Jesus dos Matosinhos; 2- Santa Efigênia ; 3- N. S da Conceição de Antonio. Plantas SANTOS, P. A arquitetura religiosa em Ouro Preto. Kosmos 1951.

          Outro exemplo de tipo arquitetônico, e que temos bastante conhecimento é o edifício residencial multifamiliar. Seus elementos componentes, tanto coletivos (portaria, elevadores, circulações) quanto privativos (salas, quartos, etc.) guardam sempre a mesma relação posicional, o que podemos caracterizar como um tipo arquitetônico.





·         Forma geométrica:

          A mais usada na arquitetura moderna. A escolha dos arquitetos geralmente recai sobre formas simples: prismas, cilindros, paralelepípedos, usados isoladamente ou compondo conjuntos. Eventualmente, recorre-se a formas geométricas menos usuais: a Catedral de Brasília tem a estrutura formal de um hiperbolóide de revolução.






·         Forma livre:

    Muito usada também na arquitetura moderna. Não se parecer com formas usadas anteriormente ou com figuras geométricas familiares, atendeu à perfeição aos requisitos modernistas de inovação, originalidade e funcionalidade. Quanto à inovação, a formas não conhecidas era uma exigência para a criação de um novo código desvinculado do passado; no quesito originalidade, o atendimento ao mito romântico da forma original era visto como oposição ao passado recente, de obediência clássica, e portanto normativa; quanto à funcionalidade, se a forma deveria “seguir a função”, não poderia ser um “a priori”, como é o caso da forma tipológica, mas uma consequência final do estudo do problema.

Casa das Canoas. Rio de Janeiro, 1851-3. Arq. O. Niemeyer.

·         Forma topológica:

          Inspirada pelo sítio (“topos”, em grego, quer dizer “sítio”, “local”), isto é, extrai uma ou mais das características do local onde o edifício será implantado. Um exemplo conhecido de forma topológica é o Conjunto Habitacional do Pedregulho, no Rio de Janeiro, onde a linha tortuosa, geratriz do volume do edifício é uma curva do próprio terreno. Outro exemplo está nas cidades coloniais do sul de Minas, como Ouro Preto, cujo movimento dos telhados, é consequência do relevo do local.


 ·         Forma analógica:
            Temos como o significado de analogia, a relação de semelhança entre dois objetos. A forma arquitetônica analógica é inspirada por um objeto externo ao universo da arquitetura. Vejamos isso com o  exemplo das ordens gregas: os capitéis dórico e jônico são de inspiração geométrica; já o capital coríntio é uma forma analógica (representa um cesto ornado de folhas de acanto). Outro exemplo nos é dado pelo Terminal de Passageiros da TWA, inspirado na forma de uma águia, uma metáfora alusiva não somente ao vôo de longo alcance, como também ao país, uma vez que a águia é símbolo dos Estados Unidos.

Terminal  da TWA no aeroporto J. F. Kennedy, em Nova Iorque. 

 ·         Forma tectônica:

          Essa forma é determinada por necessidades técnicas. Por exemplo, os telhados de águas inclinadas, uma solução de cobertura que atravessa toda a História da Arquitetura. A inclinação deve-se à necessidade de facilitar o escoamento das águas ou de neve. Um outro exemplo de forma tectônica nos é dado pelo arco, que tantos serviços prestou à arquitetura tradicional.

Fábrica de chapéus Steinberg, Luckenwalde (1921-1923).   

Casa da Cascata. Bear Run, Pensilvânia. 1936. 




  •                     Forma orgânica:


          A forma orgânica é quando a configuração final do edifício é resultado do posicionamento das unidades espaciais, que são justapostas à maneira de células de um tecido orgânico. Os mais célebres exemplos desta categoria são as “praire houses” de Frank Lloyd Wright, residências suburbanas de alta classe média no Leste dos Estados Unidos, início do século.






·         Forma sistêmica

É a forma que resulta da resolução antecipada dos problemas propostos por um ou mais sistemas da arquitetura. Historicamente, o melhor exemplo da forma sistêmica vem das catedrais góticas. Os sistemas espacial, estrutural e de iluminação são resolvidos em cada tramo do edifício e se reproduz linearmente por justaposição. Atualmente os sistemas envolvidos são de maior complexidade, incluindo a estrutura, as instalações técnicas (ar condicionado, eletricidade, água e esgoto), instalações físicas (mobiliário, equipamentos), demandas de conforto ambiental. A forma sistêmica é o resultado de uma abordagem tecno-científica da arquitetura e responde pelas melhores soluções da construção industrializada.

Companhia Centraal Beheer. Apeldoorn, Holanda.

       ·         Anamorfismo

Esse nome se dá ao processo de deformação de uma figura conhecida em busca de uma nova forma, diferente e individualizada, mas que resulta da distorção da primeira. No processo anamórfico o artista atua diretamente sobre a forma, às vezes sem nenhum método pré-determinado. O uso mais conhecido do processo anamórfico na arquitetura, e possivelmente o mais bem sucedido, na medida em que nos legou um marco da arquitetura de todos os tempos, é, certamente, a capela de Notre-Dame du Haut, em Ronchamp, de Le Corbusier (1950-55). Um trabalho que surpreendeu todo o mundo, mas sobretudo aos discípulos do mestre.

O anamorfismo foi também utilizado pelos arquitetos expressionistas, às vezes assistidos por intenções representativas,  mas muitas vezes com uma intenção de maior ligação com a natureza, na busca de uma arquitetura orgânica. Mais recentemente, o anamorfismo é uma prática comum nos arquitetos desconstrutivistas.

Museu Guggenheim. Bilbao. 1992-7.
Levando em consideração que nem sempre será possível o enquadramento de um edifício em apenas uma categoria, é frequente acontecer uma superposição: uma forma será ao mesmo tempo abstrata e tectônica, geométrica e sistêmica, e assim por diante.


sexta-feira, 22 de maio de 2015

Projetos Paralelos - Zaha Hadid


          Criadora de curvas antes inimagináveis na história da arte e da engenharia, Zaha Hadid trabalha uma mescla de arquitetura, urbanismo e design sem esquecer do espaço e da paisagem onde seus projetos serão implantados. Em qualquer escala, superfície, função ou material suas soluções são ricas e bem pensadas, orientadas para o usuário final. As formas orgânicas, dinâmicas e geralmente inesperadas são uma constante em sua carreira transformando seu estúdio em um espaço pioneiro de pesquisa e investigação onde artistas, designers, engenheiros e, claro, arquitetos, trabalham intensamente.

         Vamos mostrar alguns exemplos de projetos, que a Zaha leva em paralelo às suas construções arquitetônicas, mas que carregam todas as características das suas obras arquitetônicas: inovação, racionalidade, irreverência, sofisticação, funcionalidade, e tantas outras. Abaixo, algumas delas:

 ·         Liquid Glacial Table:


           Peça de mobiliário elegante e sofisticada, criando uma ilusão ótica impressionante. A Liquid Glacial Table é uma mesa feita de acrílico, que parece refletir o exato momento em que a água congelou e se fez gelo. O tampo da mesa se parece até com um belo lago cristalino.


       ·             Mesa:

          Mesa de jantar sem ângulos retos. Batizada de “Mesa” cujo nome – que para nós em português soa simples e objetivo – possui uma arquitetura orgânica. Verdadeira obra de arte.







       ·         Luminária Vortex:

      A luminária Vortex apresenta uma superfície opaca combinada a uma tira de luz tipo LED, que torneia do início ao fim duas espirais de luz acrílica transparente, capaz de proporcionar diferentes efeitos e programáveis sensações visuais. Com dois metros de altura e 1,5 metros de largura, a peça é composta de 12 molduras separadas que se encaixam perfeitamente em uma corda de 12 metros de comprimento.







        
·         Cadeira Z: 

       Um simples formato tridimensional em zigue-zagues em um gesto no espaço como parte de um discurso contínuo entre forma e funcionalidade, elegância e diferenciação de serviço público, e continuidade. A cadeira Z  resume a essência do design contemporâneo.




       ·         Cadeira Kuki:


           Feita a partir de uma única superfície de plástico de cor púrpura, a Kuki tem curvas e dobras que lhe imprimem um formato escultural. Algumas incisões abrem-se em forma de gota, dando mais leveza à criação.


     ·         Estante Tela:

           Dinâmica, a estante Tela é um sistema de prateleiras com curvas alongadas de granito preto. Cada um dos três níveis parece com uma linha ondulada, quando visto de frente. As prateleiras são ligadas uma à outra por secções inclinadas que suportam as vigas de ambos os lados. A unidade de armazenamento de fluido criado por Zaha Hadid para marca italiana CITCO.



              ·         Sofá Zephyr:


       A arquiteta se uniu à tradicional marca italiana Cassina para dar à luz o sofá Zephyr. A inspiração por trás do móvel está na erosão de rochas provocada pela ação do vento, e as curvas que esta imprime aos relevos naturais. O Zephyr é composto de fibra de vidro laqueada e, apesar da idealização orgânica, tem estética um tanto futurista.


    ·         Torneira Triflow:


           O modelo de torneira desenhado por Zaha Hadid para a Triflow Concepts tem design super futurista – marca registrada da designer – e acabamento brilhante. A ideia da marca, que usa o slogan “back to the tap (de volta a torneira)”, é que as pessoas tomem água da torneira (muitos países europeus tem água da torneira apropriada para o consumo) e diminuam o consumo de garrafas de plástico.


                ·         Z Car II: 

               Com quatro rodas, quatro lugares e uma forma compacta, o Z car II é livre de emissões de poluentes e alimentado através de uma bateria recarregável de lítio. Ele é uma continuação do 'Z car I', híbrido de três portas, alvo de um protótipo em 2006.


           ·         Sapatos 3D:


        Cada sapato foi impresso através da técnica Selective Laser Sintering (impressão em 3D) em um composto de nylon e borracha, o que torna essas pequenas esculturas "totalmente funcionais".





quinta-feira, 21 de maio de 2015

TOP 10 Projetos - Zaha Hadid

     1.   O Vilnius Guggenheim Hermitage Museum será um museu de arte na cidade de Vilnius, capital da Lituania.


       2.   O  Maxxi  Museu  em  Roma  é  um  edifício  que  tem  um  conceito formal de composição de dobradura   de   tubos   longos,   sobreposição,   cruzando   e   empilhando   umas   sobre   as    outras, assemelhando-se a um pedaço de infraestrutura de transporte em massa.


   3.  Projeto para a butique do designer de sapatos americano Stuart Weitzman, localizada em Hong Kong, com o nome de Stuart Weitzman boutique IFC. O projeto expressa o dinamismo da cidade e reflete a qualidade e habilidade dos sapatos expostos. As plataformas metálicas dão um ar moderno e inovador, pois misturam-se com os elementos da butique e com a iluminação.


     4. A Torre Espiral em Barcelona é um prédio de escritórios que irá hospedar o Campus Universitário em Barcelona. Zaha projetou o edifício, com pisos irregulares sobreposição de plantas, o que resulta em um prédio com várias frentes.


  5.  Complexo com apartamentos, escritórios e área de lazer na cidade de Belgrado, capital da Sérvia. O plano diretor Beko, como foi batizado, será edificado numa região fabril de 94 mil m² atualmente desocupada, próxima ao centro da cidade.


  6. O Residencial Casa Atlântica será construído próximo à Rua Santa Clara – em Copacabana, Rio de Janeiro. Terá onze pavimentos e contará com uma piscina em sua cobertura. O projeto de Zaha Hadid apresenta traços orgânicos, destacando-se do entorno imediato.


                7. O projeto para a Biblioteca e Centro de Aprendizagem da Universidade de Economia de Viena faz parte do Plano Urbanístico da WU. O edifício se eleva como um bloco poligonal e chama atenção pelo contraste entre seus dois volumes principais.  As linhas retas do exterior do edifício se diluem ao passo que adentramos seus interiores, tornando-se curvilíneas e fluidas.

      8. O Riverside Museum of Transport foi construído em Glasgow, na Escócia e fez da  arquiteta Zaha Hadid e equipe vencedores da competição para o projeto do Museu Nacional dos Transportes. A obra fica às margens do rio Clyde, e foi pensada como uma ligação desse canal fluvial com a cidade. “Através da arquitetura, podemos investigar as possibilidades futuras, mas também explorar as bases culturais que definiram a cidade”, explica Zaha. Ao todo, são 11 mil m² de construção, 7 mil relativos a espaços de exposição.


  9. Zaha Hadid projetou um hotel de luxo de 40 andares para ser o principal destino de lazer e de entretenimento de Macau, China, conhecida como "Cidade dos Sonhos". Visto como um "elemento escultórico" unido por uma malha estrutural externa, o volume foi concebido como duas torres conectadas na base e na cobertura, resultando em duas "pontes orgânicas" que destacam o vazio central. Assim que for concluído em 2017, o hotel abrigará uma variedade de comércios, área de jogos e um átrio - que incluirá a área de recepção, um bar e um espaço flexível no térreo - além das 780 unidades, um cassino, restaurantes, um "super lounge" e uma piscina na cobertura.



     10.  Torre Jockey Club Innovation tem 15000 m², distribuídos em 15 pavimentos, para acomodar mais de 1.800 alunos e funcionários, com instalações para o ensino de design e inovação. O desenho da TJCI dissolve a tipologia típica da torre / embasamento numa composição mais fluida. O interior e os pátios exteriores criam espaços informais para conhecer e interagir, complementando os grandes fóruns de exposições, ateliês, teatro e instalações recreativas. Localizado em um local estreito e irregular na ponta nordeste do campus da Universidade Politécnica de Hong Kong.


A primeira dama da arquitetura




       A arquitetura feminina não poderia estar melhor representada. Zaha Hadid nasceu em Bagdá, no ano de 1950. É uma arquiteta iraquiana influenciada por Londres que fascina pela ousadia das formas de seus projetos, considerados intrigantes, pela audácia, por viver à frente do seu tempo.
        Ela se formou em matemática na Universidade Americana de Beirut, passando depois a estudar na Architectural Association de Londres. Terminando sua graduação em arquitetura, tornou-se membro do Office for Metropolitan Architecture (OMA), trabalhando com seu antigo professor, o arquiteto Rem Koolhaas. Já na década de 80, também lecionou na Architectural Association, e nessa mesma época começou a trabalhar independentemente abrindo um escritório que hoje tem 250 funcionários.

Centro de investigação King Abdullah na Arabia Saudita.
          Vários dos seus projetos arquitetônicos  não saíram do papel, porém, os que foram construídos são reconhecidos como marco, referência da arquitetura, denominada "descontrutivista". Esta corrente é um estilo arquitetônico próprio da era pós-moderna, com início no final dos anos 80, e que é caracterizado pelo desenvolvimento de traços não lineares e fragmentados, cujo princípio da ideia é justamente distorcer a base da arquitetura, resultando em um visual inusitado e diferente, que se destaca das demais construções com aparências retas. Digamos que um caos controlado, imprevisível, estimulante e inspirador.

O Sphere City Center oferecerá abrigo a esta área de rápida expansão na cidade de Monterey – México.

         Zaha é citada como uma das 100 mulheres mais poderosas do mundo e a primeira que recebeu o prêmio máximo da arquitetura – o Pritzker, em 2004 pelo conjunto de sua obra, o que a coloca ao lado de mestres como Frank Gehry, Renzo Piano e Oscar Niemeyer. 


Pavilhão de Arte móvel para Chanel.



        Realmente, só poderia ser pelo conjunto da obra, porque seus projetos invadem todos os espaços e segmentos, como o das jóias, objetos decorativos, bolsas,  sapatos e até  barcos luxuosos, em parcerias com empresas renomadas como a Swarovsky, Lacoste e a brasileira Melissa que está sempre recrutando designers de nome para seus projetos. 





           E assim, com seus projetos ousados e polêmicos que causam discussão e atraem jovens seguidores no mundo todo, ela criou uma verdadeira vertente da arquitetura e do design, levando suas características e inovações à ramos variados e mostrando que a arte de arquitetar não se estabiliza somente na construção civil!


          A verdade é que a grande parte da obra de Zaha Hadid é conceitual, mas seus projetos consumados são de extrema qualidade e inovação e podemos identifica-los e relacioná-los à ela numa fração de segundos.